sexta-feira, 25 de junho de 2010

Análise contrastiva dos NPP face aos actuais I


Sendo a nossa Escola uma 123 em que os professores de Língua Portuguesa trabalham em articulação desde sempre, entendemos, e após confirmação respectiva por parte do Formador, ser produtivo continuarmos nesta linha de actuação também nas reflexões levadas a cabo no âmbito desta acção.

Sobre esta questão já tão bem esmiuçada pelos colegas, referiremos que, em 2009, os domínios dão lugar a competências, os processos de operacionalização aos descritores de desempenho, o Funcionamento da Língua ao Conhecimento Explícito e a Língua Portuguesa ao Português. Dezoito anos depois, preconiza-se a valorização do conhecimento explícito, do estudo da gramática normativa e dos modelos de escrita, a correcção formativa do erro, bem como a revalorização da leitura de textos literários e a reabilitação da memória, como pilar fundamental da leitura e do conhecimento. Privilegia-se o método experimental em detrimento do método tradicional/expositivo, a supremacia dos programas na elaboração das anualizações, a autonomia do professor/ gestor das suas próprias programações e co-responsabilizam-se todos os professores, sem excepção, na “docência”do idioma.

Saliente-se, ainda, outras importantes alterações como a articulação entre os diferentes ciclos de estudo tão pertinente quer em escolas agrupadas, quer nas 123 como aquela em que leccionamos, o que permite uma visualização global do caminho percorrido na aprendizagem do 1º ao 3º ciclos (não figura o pré-escolar); o contributo das Tecnologias de Informação e Comunicação, através do recurso a novas ferramentas e plataformas, no âmbito da aprendizagem da Língua, adequando a prática de ensino/aprendizagem do Português à realidade do nosso quotidiano e a importância concedida à Biblioteca escolar.

Tendo em vista a implementação de um programa assim ambicioso, já no próximo ano lectivo, deverão ser criadas atempadamente as condições para que esta filosofia se concretize, o que passa por atribuir uma carga horária mais alargada à disciplina, onde sejam contempladas semanalmente as Oficinas de escrita, de leitura, de gramática e de expressão oral, e não apenas esperar pela boa vontade e criatividade do professor, ao qual muito trabalho (lectivo e extra-lectivo) se pede, incluindo horas de reuniões, não restando muitas vezes o tempo desejável para as suas leituras e formação que se impõem no exercício da sua actividade.